A polícia francesa iniciou no começo da noite desta sexta-feira (9) duas operações contra os suspeitos de efetuarem dois ataques terroristas em Paris, capital francesa. De acordo com a imprensa local, fortes disparos e explosões foram ouvidos em Dammartin-en-Goele, a nordeste de Paris, onde os irmãos Kouachi, suspeitos do massacre na revista Charlie Hebdo, haviam se entrincheirado com pelo menos um refém.
Pelas imagens da televisão, é possível ver policiais subindo no prédio e fumaça.
Saïd e Chérif Kouachi, principais suspeitos do ataque contra o jornal Charlie Hebdo, na última quarta-feira (7), teriam morrido na ação.
A operação das forças especiais francesas conseguiu libertar o homem feito refém pelos dois irmãos. O refém foi libertado e está em bom estado de saúde, de acordo com a rede pública de rádio "France Info".
Em Porte de Vincennes
Simultaneamente, testemunhas também alegaram que tiros foram ouvidos e uma movimentação de policiais foram identificadas em Porte de Vincennes, onde dois suspeitos com cinco reféns encontravam-se cercados.
De acordo com o canal de televisão France2, um dos sequestradores foi morto e outro foi preso. Ao menos um policial foi ferido na operação. Tais informações não foram confirmadas pela polícia.
Pelo menos uma dezena de pessoas que estavam retidas em um mercado de produtos kosher em Paris saíram correndo do local depois que as forças de segurança realizaram uma operação para libertá-las. Segundo a emissora BFMTV, poderia haver feridos entre os reféns que foram sequestrados supostamente por Amedy Coulibaly, de 32 anos, suposto autor também do assassinato de uma policial municipal no sul de Paris na quinta-feira (8).
A segunda pessoa que estaria envolvida no sequestro é Hayat Boumeddiene, de 26 anos. Fontes francesas afirmam que ela teria conseguido fugir do local.
Em Dammartin-en-Goele
As televisões francesas mostram imagens de fumaça branca saindo da empresa na qual Saïd e Chérif Kouachi levam entrincheirados desde esta manhã com um número indeterminado de reféns e que está sob o assédio das forças de segurança.
Às 16h55 (horário local, 13h55 em Brasília) foram escutados os primeiros tiros (várias dezenas), acompanhados de explosões do que parecem granadas de fumaça. Cinco minutos mais tarde foi escutada uma nova rajada de detonações.
Agentes da tropa de elite da Gendarmaria, do GIGN (Grupo de Intervenção da Gendarmaria Nacional) subiram no teto de um dos prédios. O Ministério do Interior tinha anunciado que tentava entrar em contato com os suspeitos para negociar "um desenlace pacífico" da crise. As forças de segurança estabeleceram um forte isolamento policial de vários quilômetros em torno da área onde estão acontecendo os fatos. Também há reféns mortos, segundo agência. Em uma empresa, estavam os irmãos suspeitos de matar 12 em jornal. Em outro caso, sequestrador invadiu mercado.
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