A
Comissão Intergestores Tripartite (CIT) se reuniu nesta quinta-feira (26), na
OPAS, em Brasília. Dentre
os pontos discutidos, destacaram-se o panorama dos casos de dengue no Brasíl e
dados sobre a microcefalia, que possivelmente está associada ao Zika Vírus.
Além disso, o Conasems apresentou a nota de repúdio ao corte de 3,8 bilhões
feito pelo Governo Federal no orçamento do Ministério da Saúde no PLOA 2016,
relativo as despesas destinadas ao MAC nos municípios.
O
presidente do Conasems, Mauro Junqueira, leu a nota de repúdio durante a
reunião e cobrou explicações do Ministério.
“Com
esse corte eu ouso dizer com toda certeza que não vamos conseguir honrar com
nossos compromissos. O Ministério da Saúde já havia exposto um déficit no MAC
de R$ 5,32 bilhões agora com essa decisão, elevou o déficit para R$ 9,12
bilhões no MAC. A falta de recursos vai trazer consequências ainda mais danosas
aos serviços de saúde ofertados pelo ente municipal à população”.
Na
ocasião, o Conass manifestou apoio à nota produzida pelo Conasems e o
Ministério garantiu avaliar a situação.
Em
relação a possível ligação entre o Zika Vírus e o surto de microcefalia,
especialmente no Nordeste, o secretário municipal de saúde de Aquiraz, no
Ceará, Wilames Freire, expos a preocupação com as gestantes. “Já são mais de
700 casos de microcefalia, praticamente todos no nordeste, as gestantes estão
apavoradas e nós, gestores municipais, que trabalhamos diretamente com a
população estamos vendo esse drama diariamente sem ter o que dizer para essas
mulheres”.
Segundo
ele, é necessária uma campanha voltada para as gestantes em relação ao surto de
microcefalia. “Estamos sendo bombardeados de perguntas, precisamos ter
informações concretas para passar à equipe de saúde para que essas mulheres
sejam orientadas de forma segura”.
Em
resposta a solicitação do secretário municipal, Sonia Brito, secretária
substituta da SVS, afirmou que os protocolos de atendimento já foram refeitos e
estão mais completos, além de uma campanha voltada para as gestantes, que está
em processo de produção pelo Ministério.
“Como
ainda não temos absoluta certeza sobre o que gerou o surto, estamos fazendo
reuniões com especialistas para conseguirmos produzir uma orientação validada,
que extrapole as questões de vigilância, dirigida à essas mulheres”,
acrescentou.
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