Para o governador, o modelo de relação entre o Executivo e o Parlamento empregado pelo ex-presidente Lula precisa ser revisto, uma vez que o a base aliada, em especial o PMDB, não buscam mais qualquer alinhamento ideológico com o governo, e sim tomar um naco do poder.
“O governo está escravo do PMDB, que se considera um partido essencial, quando eu penso que ele não tem essa bola toda”, afirma. Para Cid, membros tanto do PMDB quanto do próprio PT estão alinhados com a política do “poder pelo poder” e buscam apenar acumular força política e meios para se perpetuarem na situação.
Frente de Esquerda
Cid declara que está à procura de políticos que tenham “uma linha ideológica de centro esquerda e que estejam insatisfeitos no seu partido, além das legendas dispostas a se alinhar integralmente. Não precisamos, necessariamente, de um partido novo. É um processo”. O governador diz esperar apoio, além do PROS, do PDT, do PCdoB e de parcelas do PSB.
Cid ainda compara a sua iniciativa ao PSD, de Gilberto Kassab, que deixou PSDB para montar o próprio partido. “O objetivo, creio, é o mesmo: dar mais estabilidade ao governo, em uma linha mais ideológica, e não fisiológica. De alguma forma, será um contraponto ao atual modelo”.
Operação Lava-Jato
O governador afirmou ainda que a operação Lava-Jato, que investiga o esquema de desvio de dinheiro envolvendo o doleiro Alberto Yousseff e a Petrobras e deve acusar cerca de 250 deputados, é importante para que uma nova proposta de relacionamento entre o Executivo e o Parlamento seja criada.
"O Executivo precisa de uma nova forma de se relacionar com o Parlamento ou, pelo menos, deve tentar melhorá-la, torná-la mais ética e transparente. A Operação Lava Jato ajuda nesse sentido, pois fragiliza o núcleo central desse modelo de governança instituído em meados do governo Lula. Dilma tentou mudá-lo, mas teve que se render no principal".
Fonte: Ceará News 7
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