O ex-diretor de relações institucionais da Odebrecht Claudio Melo Filho afirmou em seu acordo de delação premiada que a construtora pagou R$ 7 milhões a parlamentares de destaque no Senado e na Câmara para garantir a aprovação de uma medida provisória de interesse da companhia no Congresso.
Os recursos, segundo o executivo, foram destinados aos senadores Romero Jucá (PMDB-RR), Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), cotado para suceder Renan na presidência da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara, e Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA).
O senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), que era cotado para subsituir Renan Calheiros (PMDB-AL) na presidência do Senado, também foi atingido no peito pela delação da Odebrecht; Eunício, apelidado de Índio, teria recebido, segundo o delator Cláudio Melo Filho, R$ 2,1 milhões para facilitar uma medida provisória que concedeu incentivos tributários à indústria petroquímica, onde quem manda é a empreiteira, dona da Braskem; o diretor da Odebrecht diz ter relatado ao patrão Marcelo que Eunício estava obstruindo a MP. "Que maluquice, o que ele ganha com isso?", questionou Marcelo. "O de sempre", respondeu Melo Filho.
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