Mauro Filho - Secretário da SEFAZ/CE |
O secretário Mauro Filho, disse que está previsto para o dia 22 deste
mês o depósito da segunda parcela do 13° salário dos servidores
estaduais, que irá injetar cerca de R$ 400 milhões na economia local. O
recurso é referente ao pagamento de 181 mil servidores, entre
aposentados e da ativa, dos três poderes. A primeira parcela, também no
valor de cerca de R$ 400 milhões, foi paga no início do segundo semestre
deste ano.
Quanto a idade e a regra de transição que serão os pontos discutidos em relação a alterações na previdência do servidor público do Estado, algo que deve seguir a tendência de mudança nacional, cuja proposta de reforma prevê idade mínima de 65 anos para a aposentadoria.
De acordo com o secretário da Fazenda do Ceará (Sefaz-CE), Mauro
Filho, “o Ceará já fez as suas alterações. Acho que o que vai se
discutir agora é a idade, a transição de quem está perto de se
aposentar, e a quebra da paridade dos servidores antigos”, afirmou.
O secretário disse que, hoje, o Ceará tem um déficit previdenciário
da ordem de R$ 1,3 bilhão. “O servidor deve recolher com a sua
contribuição R$ 430 milhões, o Estado aporta até o dobro, que é R$ 860 milhões. E além disso o Estado tem que colocar, para pagar em dia aposentados e pensionistas, mais R$ 1,3 bilhão. É um valor muito expressivo. E isso se reverbera em todos os demais estados”, diz.
Mauro Filho, participa hoje e amanhã da reunião do Conselho Nacional
de Política Fazendária (Confaz), e disse que o principal tema da reunião
foi Reforma da Previdência, seu alcance e sua repercussão. “Vamos
discutir a sustentabilidade (da Previdência) ao longo dos anos”, disse.
Sobre a situação da Previdência Social no País e as medidas propostas
pelo governo federal, o secretário Mauro Filho destacou que “algo
precisa ser feito” para contornar o déficit nacional, de R$ 84 bilhões, e
dos estados, de R$ 77 bilhões.
“Você precisa ter regras que deem sustentabilidade para manter o
pagamento ao longo dos anos. Não faz mais sentido uma pessoa se
aposentando com 49 anos, 50 anos. É isso que tem gerado dificuldades de
capacidade de pagamento dos estados brasileiros. Você tem 21 estados que
não estão conseguindo pagar a folha. E a causa mais grave é a
Previdência”, disse.
Fonte: Ceará Agora
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