Estive na Europa, neste mês de outubro de 2012, cumprindo compromissos acadêmicos, o que constitui parte da minha missão de professor e de pesquisador.
É sempre prazeroso poder aceitar os convites que nunca me faltaram de Universidades tais as de Salamanca (Espanha), San Marcos (Peru), Puebla (México), Le Havre (França), Sófia (Bulgária), Lisboa e Porto (Portugal).
Mas
o convite que recebi para a Universidade do Porto revestiu-se de um prazer
especial: partiu do filósofo e escritor português Paulo Ferreira da Cunha, e
foi motivado pelos 300 anos de nascimento de Rousseau, um dos meus mestres no campo da
Teoria Política, se é que Rousseau foi também um escritor do campo literário e
um dos fundadores do romantismo e da modernidade.
O
tema que me coube no Seminário Permanente Interdisciplinar, promovido pela
Faculdade de Direito da Universidade do Porto, versou acerca de Rousseau e a Ideia de Constituição,
foi acolhido como conferência de abertura do referido Seminário, cuja
coordenação estratégica coube à professora Anabela Leão, cabendo a supervisão e
a direção dos trabalhos ao
professor Paulo Ferreira da Cunha.
Porto
é, talvez, a mais bela cidade de Portugal, mas, com certeza, é a mais nobre e a
mais politizada, com afirmações de liberdade e independência em momentos
cruciais da história de Portugal, a começar pela
Revolução Liberal de 1820, com tantas influências sobre a nossa autonomia
política e a primeira Constituição do Brasil, de 1824.
O
privilégio de ter conhecido a velha e sempre renovada cidade do Porto,
convivido com a sua elite acadêmica, desfrutado da beleza do seu patrimônio e
do refinamento de seus vinhos e da sua cultura francamente aberta para o novo,
compreende uma dádiva dos deuses, que sempre protegem os que amam o
conhecimento, e que lutam em defesa da vida e da beleza.
Louvores
sejam dados, portanto, às luzes da compreensão e do intercâmbio cultural e
acadêmico. Louvores à Universidade do Porto e à sua nobre Faculdade de Direito.
E louvores também e à Faculdade de Direito da Universidade Federal do Ceará, da
qual me orgulho de ser professor.
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