O sofrimento dos moradores dos municípios atingidos
pela seca no Ceará não se limita à falta de água, mas passa, também, pela
humilhação e o risco à saúde com o consumo de água de origem duvidosa e focos de
contaminação.Uma amostra da água distribuída por meio de carros-pipa em cidades
do Interior do Ceará aponta a presença de coliformes fecais.
A água é distribuída dentro do programa de combate aos efeitos da
estiagem do Governo Federal.
Segundo uma reportagem do Jornal Folha de São Paulo, assinada pelo repórter
Aguirre Talento, ''as análises feitas em amostras pelo governo do
Ceará detectaram coliformes fecais e turbidez acima do permitido em 13
cidades''.
Foram feitos estudos em carros-pipa de 20 municípios, sendo que em
13 cidades o diagnóstico assustou os técnicos: água tinha presença de coliformes
fecais ou nível de turbidez (resíduos) acima do normal, o que pode indicar a
existência de protozoários prejudiciais à saúde.
De acordo, ainda, com a reportagem ''os 13
municípios, entre eles cidades maiores, como Crato e Tauá, somam cerca de 400 mil
habitantes. Há cidades em que 100% das amostras estavam contaminadas, como
Morada Nova e Potiretama (por coliformes) e Hidrolândia (turbidez)''. Os
estudos na área de saúde apontam, também, que o consumo de água com esse tipo
de contaminação pode provocar infecções que causam fortes diarréias e dores
abdominais.
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