O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) comentou a reforma da Previdência nesta quarta-feira, 15, em sua página do Facebook. Ele defende que uma diferenciação por profissão seja discutida, para que não se trate igual “trabalhadores de escritório” e “operário da construção civil”, por exemplo.
“Alguém que nasce, trabalha e vive no Semi-Árido não tem expectativa de vida que chegue aos 65 anos que a reforma do seu (presidente) Michel Temer (PMDB) está fazendo. Enquanto isso, os trabalhadores de escritório como eu ficam sendo tratados de igual para igual com um operário da construção civil, não me parece que isso seja razoável”, disse.
Ele diz que reconhece que “é preciso fazer as coisas com muito cuidado, porque essas diferenciações não são fáceis de se alcançar na lei pelo potencial de fraude”, mas que é preciso fazer o “certo” independente disso.
O ex-governador do Ceará diz, também que o problema da Previdência “não é a despesa”, mas o sistema dela. “Precisamos evoluir para um sistema que não seja mais o de repartição, mas de capitalização. Em vez de arrecadar e distribuir, a gente arrecada, cria fundos públicos geridos por trabalhadores”, afirmou.
Sobre a reforma em vigor, ele diz que ela “não toca nos privilégios”. “O buraco da Previdência são as aposentadorias precoces dos políticos, da magistratura, do Ministério Público, aposentadorias especiais, pensões, etc de alguns setores da sociedade. Essa proposta não mexe em absolutamente nada”, criticou.
Fonte: O Povo
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