sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Dr. Wilames Freire é destaque na Reunião da CIT que Debateu Microcefalia e Corte Orçamentário para a Saúde nos Municípios

A Comissão Intergestores Tripartite (CIT) se reuniu nesta quinta-feira (26), na OPAS, em Brasília. Dentre os pontos discutidos, destacaram-se o panorama dos casos de dengue no Brasíl e dados sobre a microcefalia, que possivelmente está associada ao Zika Vírus. Além disso, o Conasems apresentou a nota de repúdio ao corte de 3,8 bilhões feito pelo Governo Federal no orçamento do Ministério da Saúde no PLOA 2016, relativo as despesas destinadas ao MAC nos municípios.

O presidente do Conasems, Mauro Junqueira, leu a nota de repúdio durante a reunião e cobrou explicações do Ministério.

“Com esse corte eu ouso dizer com toda certeza que não vamos conseguir honrar com nossos compromissos. O Ministério da Saúde já havia exposto um déficit no MAC de R$ 5,32 bilhões agora com essa decisão, elevou o déficit para R$ 9,12 bilhões no MAC. A falta de recursos vai trazer consequências ainda mais danosas aos serviços de saúde ofertados pelo ente municipal à população”.

Na ocasião, o Conass manifestou apoio à nota produzida pelo Conasems e o Ministério garantiu avaliar a situação. 

Em relação a possível ligação entre o Zika Vírus e o surto de microcefalia, especialmente no Nordeste, o secretário municipal de saúde de Aquiraz, no Ceará, Wilames Freire, expos a preocupação com as gestantes. “Já são mais de 700 casos de microcefalia, praticamente todos no nordeste, as gestantes estão apavoradas e nós, gestores municipais, que trabalhamos diretamente com a população estamos vendo esse drama diariamente sem ter o que dizer para essas mulheres”.

Segundo ele, é necessária uma campanha voltada para as gestantes em relação ao surto de microcefalia. “Estamos sendo bombardeados de perguntas, precisamos ter informações concretas para passar à equipe de saúde para que essas mulheres sejam orientadas de forma segura”.

Em resposta a solicitação do secretário municipal, Sonia Brito, secretária substituta da SVS, afirmou que os protocolos de atendimento já foram refeitos e estão mais completos, além de uma campanha voltada para as gestantes, que está em processo de produção pelo Ministério.

“Como ainda não temos absoluta certeza sobre o que gerou o surto, estamos fazendo reuniões com especialistas para conseguirmos produzir uma orientação validada, que extrapole as questões de vigilância, dirigida à essas mulheres”, acrescentou.

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