Pois bem, mais de oito anos depois da denúncia do escândalo do mensalão pelo então deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ), mais de sete anos depois do oferecimento da denúncia ao Supremo pelo procurador-geral da República, mais de seis anos após a aceitação da denúncia pelo Supremo, chegava, enfim, o momento da eminência parda do lulalato enfrentar a cadeia.
José Dirceu |
Ainda resta a ser julgado um embargo infringente que pretende contestar um dos crimes pelos quais Dirceu foi condenado pelo Supremo, o de formação de quadrilha. Mesmo assim, por ordem do presidente do Supremo, ministro Joaquim Barbosa, ele, como outros mensaleiros, começará a cumprir sua pena. Dirceu chegou à PF de camisa esporte, sorridente, e, à entrada do edifício, dirigiu a um pequeno grupo de barulhentos partidários — vários dos quais perturbaram o trabalho de profissionais da imprensa — com a velha saudação comunista do punho erguido. Punho esquerdo, aliás.
José Genoino chegou a sede da Polícia Federal, na Lapa, em São Paulo, após a expedição de mandado de prisão proferido pelo Supremo Tribunal Federal.
Perguntar não ofende: o que significou esse punho erguido?
Vitória?
Por mais maluco que seja, em caso afirmativo, que vitória, exatamente? A de terem em seus prontuários, para sempre, o carimbo de criminosos condenados? Júbilo? Por quererem se transformar em “presos políticos” numa democracia como a brasileira, que, por sinal, concede benefícios inimagináveis aos infratores das leis penais?
Sinal de que “a revolução” lulopetista está em marcha, ou ainda virá?
Qual “revolução” — uma de que fazem parte Renan Calheiros, Collor, Maluf, Jader Barbalho, Sarney, uma fatia da bancada evangélica, os fisiológicos do PMDB?
Fica a pergunta no ar:
Me ajuda aí: na sua opinião, o que realmente significou este gesto do chefe da quadrilha do mensalão e um de seus comandados?
Significou que o que pôde ser roubado ficou bem guardado e não disso eles não abriam mão.
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