terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

Manifestação ‘Lima Campos pede socorro’ mobiliza centenas de moradores que temem tragédia

Moradores do distrito de Lima Campos e da cidade de Icó interditaram a rodovia CE 282 no triângulo que dá acesso ao distrito (trecho da rodovia Padre Cícero) na manhã desta terça-feira, 12, com o objetivo de chamar a atenção do Departamento Nacional de Obras contra a Seca (Dnocs) e de autoridades do Estado sobre a situação em que se encontra o açude Lima Campos, construído em 1932, pelo governo federal.

A parede do Açude apresenta buracos de um lado e outro, placas de cimento cederam, há rachaduras e erosões, além de muita mata nativa. O sentimento do moradores da Vila de Lima Campos é de medo porque as casas estão localizadas abaixo do reservatório.

A manifestação contou com apoio de empresários locais, moradores e teve como tema central “Lima Campos pede socorro”.

O açude acumula 4,8% de um total de 62 milhões de metros cúbicos, segundo a Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh). É uma obra federal administrada pelo Dnocs.
“O nosso esforço é incluir a barragem na lista de prioridades do governo federal e do Dnocs porque há muitos buracos e temos medo de um dia essa barragem encher e ocorrer um desastre”, disse o radialista, Deusimar Oliveira. 

A organização do movimento entregou um ofício ao escritório regional do Dnocs em Icó solicitando providências.
A mobilização começou cedo, por volta das 6h30 e se estendeu por cerca de duas horas. Moradores e lideranças políticas e comunitárias falaram sobre a necessidade de realização de obra de reforma e conserto da parede do açude. Muitos conduziram faixas e cartazes.

“Já faz mais de três anos que esses problemas da parede do açude Lima Campos surgiram e vem aumentando a cada ano e isso é um absurdo, sem o governo, o Dnocs tomar nenhuma providência”, disse o pescador, Francisco Lima, morador do entorno da barragem. “Seco como está não tem problema, mas um dia quando esse açude encher pode a parede ir embora porque tem buracos enormes”.
Fonte: DN Centro Sul

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