sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Fátima Lemos: POR UMA EDUCAÇÃO QUE CONTEMPLE VALORES


No início de cada ano letivo se renovam os propósitos de uma educação que contemple a formação integral do indivíduo.

Grandes estudiosos da educação nos trazem importantes contribuições para uma reflexão, partindo do princípio de que “outro mundo possível passa pela sala de aula”.
Se outro mundo possível passa pela sala de aula, se faz necessário pensar e agir as nossas práticas educativas, levando em consideração a importância da construção coletiva do Projeto Político Pedagógico, contemplando a formação de caráter e valores inerentes às necessidades dos educandos para a (re)configuração da escola.

Segundo o estudioso e palestrante Celso Antunes, ensinar valores é uma obrigação da escola. Assim sendo, a incorporação dos valores humanos será indispensável para concebermos uma escola que tenha como foco a formação de cidadania.

Sabemos que a escola como reflexo da sociedade, historicamente não corresponde de fato a preparação para o pleno exercício da cidadania. Por essa razão há um grande público de pessoas que se sente profundamente incomodado com o sistema educacional que vem demonstrando ao longo de sua história grandes deficiências, inclusive, reveladas nas avaliações que são realizadas pelos órgãos reguladores da educação.

A valorização do professor, a participação da família na vida escolar do filho/aluno, uma reorganização curricular das Universidades, Faculdades e Escolas são ações que contribuirão para novas posturas educacionais, rumo a uma educação pautada nos valores humanos e nos conhecimentos teóricos para juntos ajudarmos a construir uma sociedade que o grande Mestre Paulo Freire nos fala, “uma sociedade mais consciente, mais digna de se conviver, onde haja respeito mútuo, igualdade com justiça social e sem discriminação.” Uma sociedade igualitária em que os cidadãos tenham pleno poder de usufruir dos seus direitos e deveres.

O importante pensador Edgar Morin já nos disse: “Ser sujeito é ser autônomo, sendo ao mesmo tempo dependente”.

É essencialmente com os pais e os professores que o educando encontra os limites de um controle que lhe permite progredir numa autonomia, numa relação de troca.

Estudiosos da educação afirmam que “educação é um ato estético, ou não é educação”.

É preciso que a escola tenha espaço e tempo reservados para o “belo”, “bonito’, “justo”... O professor por sua vez deve reconhecer quão importante é a sua atuação no processo de ensino-aprendizagem, sem nunca se eximir do papel do ensino de valores.

O Colégio Maria Ester, que fica em Fortaleza no estado do Ceará, tendo como diretora, a autora desse texto, ao longo de seus vinte e nove anos vem desenvolvendo projetos educacionais voltados para a construção de valores, pautados na formação ética cidadã, envolvendo toda comunidade escolar. A Música, o Teatro, o Xadrez, a Dança, a Psicomotricidade, os Projetos de incentivo à Leitura, inclusive com a criação de uma Academia de Leitura e Escrita para crianças e jovens, são ações baseadas nas necessidades e interesses dos educandos desse novo milênio.

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