Não é discurso vazio o
que trata da importância do contraditório na democracia. Sem oposição, um
governo pode se perder num mar de facilidades. Sem os contrários, a
fiscalização certamente inexiste e o debate não se efetiva. Sem debate, não há
escolha acertada porque não há alternativas. Sem a oposição, nenhum governo se
esmera, nem se policia.
Não acredito que ser
oposição seja o encargo dos derrotados, como muitas vezes se proclama no
Brasil.
Os da situação
comportam-se muitas vezes com dedo em riste junto á boca, ordenando que
opositores se calem, como se, por estarem fora da composição do executivo, não
tenham o direito de exercer o mandato para o que foram eleitos. E o pior,
muitos da oposição sentem-se exatamente assim e se calam. Conformam-se, ou
aderem ao projeto situacionista ou ainda vilanizam-se, exercendo uma oposição
de barulho, nada propositiva, do tipo caricatural que torna alvo toda
iniciativa do “adversário”.
Por esses caminhos, a
oposição erra ao desperdiçar a chance de revelar-se aos governos e
exibir um projeto consistente de desenvolvimento. Erra ao dividir-se em
intrigas rasteiras e guerrinhas internas sem compreender que o “ser oposição”
também é uma oportunidade de servir as comunidades.
Se falta ter orgulho do
passado, falta também planejar o futuro.
O fato, é que a oposição
é necessária, visto que, muitos que estão ao lado dos governos “temem” e aí, não
se sabe o porque em falar a realidade, daí uma oposição coerente, crítica e que
apresente soluções é muito salutar para qualquer administração, porque sem ela
a democracia perde um pouco do seu valor.
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