A decisão do ex-presidente Lula de esticar a corda e insistir no discurso de sua candidatura até o limite desagradou aos aliados de seu vice e provável substituto, Fernando Haddad.
A avaliação de auxiliares do ex-prefeito de São Paulo, somados a governadores e deputados do PT, é que há risco de dispersão dos eleitores de Lula ao prolongar ainda mais o prazo para a substituição da candidatura petista.
Nesta segunda-feira (3), após horas de reunião dentro de sua cela em Curitiba, Lula deu aval para seus advogados entrarem com recursos no STF (Supremo Tribunal Federal) para pedir a derrubada da decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), que barrou sua candidatura ao Planalto na semana passada.
A sinalização do ex-presidente, portanto, é manter a tática de que vai lutar em todas as instâncias para garantir seu registro de candidato. Nos bastidores, porém, não há otimismo e a maior parte dos petistas não acredita que o Supremo conceda uma liminar para que Lula concorra em outubro.
Segundo aliados de Haddad, a narrativa do ex-presidente tem funcionado até agora, mas o cenário pode mudar após a resolução do TSE.
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