terça-feira, 19 de março de 2019

Chuva transborda canal e água invade casas no Ceará; homem morre ao ser arrastado pela correnteza de rio


A cidade do Crato, na Região do Cariri, registrou a maior chuva do Ceará entre a noite de segunda e a manhã desta terça-feira (19), com 120 milímetros. A força da água transbordou o canal do Rio Granjeiro, que corta a cidade, e alagou diversas casas do município. Um homem morreu após tentar atravessar o canal a cavalo e ser arrastado pela correnteza do Rio Batateiras, em outro ponto da cidade do Crato.



A Avenida José Alves de Figueiredo, por onde passa o canal, também ficou toda alagada. Carros que estavam na via foram arrastados e um ônibus ficou preso em um buraco. Devido à enchente, famílias precisaram dormir no meio da rua após terem as casas alagadas.



A Prefeitura do Crato está realizando a limpeza das ruas e analisando a possibilidade de transferir as famílias para outros locais. O prefeito da cidade, Zé Ailton Brasil, afirmou que "está visitando algumas famílias para ver a maneira como a Prefeitura pode ajudar".


Durante a chuva, diversas casas próximas ao canal foram invadidas pela água, destruindo móveis e objetos dos moradores. Muitas famílias perderam todos os pertences na chuva e não tiveram onde passar a noite. Moradores de outros locais ajudaram as famílias com alimentação e mantimentos.


 


Emergência na cidade





De acordo com a coordenadora da Defesa Civil do Crato, Josimere de Melo Silva, o município tem oito áreas de risco e uma delas é a área do canal do Rio Granjeiro. A coordenadora informou que houve falha no sistema de alerta.




"Nos pegou de surpresa, nós temos um sistema de alarme e não foi repassado pra gente que ia ter esse transtorno. Foi um caso atípico, nós não recebemos esse alerta".




O secretário de infraestrutura do Crato, José Muniz, informou na manhã desta terça-feira que a prefeitura está realizando um estudo para analisar se vai ser preciso fazer um decreto de emergência no município.




"Hoje estamos atendendo a população, nossa prioridade é atender as famílias e levantar os danos", disse. 

Ainda de acordo com o secretário, uma equipe de assistentes sociais está trabalhando com o objetivo de sensibilizar as famílias que ainda querem permanecer nos locais de alto risco para deixar as residências.

 



Chuva na cidade





De acordo com o professor de geografia Bruno Furtado, que mora nas margens do canal do Rio Granjeiro, o cenário se repete na cidade, geralmente, de quatro em quatro anos- quando há fortes chuvas na região.




"Isso acontece justamente por conta da urbanização. A obra de esgoto é mal feita, e sempre dá nisso aí. A água entrou em várias casas e agora a população tá aí trabalhando para resolver esse problema", afirmou. 
Fonte: G1/CE

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