Agentes da Divisão de Homicídios (DH) da Polícia Civil
do Rio de Janeiro fazem uma nova operação, na manhã desta quarta-feira (13),
para cumprir mandados de busca e apreensão no caso da morte da vereadora
Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.
No início da manhã, os agentes do Ministério Público e
da Polícia Civil faziam buscas na casa do bombeiro Maxwell Simões Correa,
conhecido como Suel, no Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste da cidade.
Nesta terça (12), a polícia prendeu o PM reformado Ronnie Lessa e o ex-PM Élcio Vieira de
Queiroz. Ronnie é apontado como autor dos disparos que mataram a
vereadora e o motorista e Élcio teria dirigido o Cobalt que ficou de tocaia em
um endereço onde a parlamentar participou de um evento na noite que foi morta e
a seguiu até o Estácio, onde a vereadora e o motorista foram executados.
Segundo as investigações, Ronnie fez pesquisas na
internet sobre locais que a vereadora frequentava. Os investigadores sabem
ainda que, desde outubro de 2017, o policial também pesquisava a vida de
Freixo.
O PM reformado teria feito pesquisas sobre o então interventor na segurança pública do Rio, general Braga Netto, além de buscas sobre a submetralhadora MP5, que pode ter sido usada no crime.
Além das duas prisões, os agentes também cumpriram 32
mandados de busca e apreensão em vários endereços nesta terça. Na ação, foram
encontrados 117 fuzis incompletos, do tipo M-16, e 500 munições na casa de um
amigo de Ronnie, no Méier, Zona Norte da cidade.
As armas, todas novas, estavam desmontadas em caixas em
um guarda-roupas - só faltavam os canos. O dono da casa, Alexandre Mota de
Souza, afirmou para os policiais que Ronnie, seu amigo de infância, entregou as
caixas, e pediu para guardá-las e não abrí-las. Alexandre acabou preso,
entretanto, sob a suspeita de tráfico de armas.
A polícia chegou nele rastreando um barco que seria de
Ronnie e estaria em seu nome. Alexandre Mota de Souza também acabou preso, mas
por suspeita de tráfico de armas.
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Marielle Franco e Anderson Gomes — Foto: Reprodução/JN
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A Operação Lume foi batizada em referência a uma praça
no Centro do Rio, conhecida como Buraco do Lume, onde Marielle desenvolvia um
projeto chamado Lume Feminista. No local, ela também costumava se reunir com
outros defensores dos direitos humanos e integrantes do PSOL.
Fonte: G1




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