sexta-feira, 15 de março de 2019

Leilão deve ampliar concorrência e estimular aviação regional


Terminal deverá receber investimentos d
e R$ 190,5 milhões para a ampliação e 
manutenção. FOTO: ANTONIO RODRIGUES
O Aeroporto de Juazeiro do Norte é concedido hoje, junto com mais cinco terminais nordestinos, à iniciativa privada. Especialistas avaliam que, por ser um destino religioso consolidado, cidade deve ganhar mais voos 

A nova rodada de concessões de aeroportos brasileiros, que acontece hoje (15), em São Paulo, deve aumentar a concorrência entre os terminais da região Nordeste e ao mesmo tempo estimular a aviação regional. O Aeroporto Orlando Bezerra de Menezes, em Juazeiro do Norte, que está inserido no bloco Nordeste, é uma das apostas para especialistas do setor que o consideram um ativo interessante, com desafios e ganhos, para o novo administrador.
"As empresas que se interessarem pelo bloco Nordeste já fizeram os estudos. Tem aeroportos facilmente rentáveis, como Recife, mas há outros em que vai ter que ser feito um certo esforço. Eu diria que Maceió, João Pessoa e Recife são mais fáceis. Campina Grande me parece um aeroporto mais complicado. E Juazeiro do Norte, que já tem uma ligação muito boa, um turismo religioso consolidado. Então, pode ser que a concessionária venha estimular outras empresas a voar para lá", avalia Cláudio Jorge, professor do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA).
Segundo o professor, os terminais de Juazeiro do Norte e de Campina Grande, diferentemente dos aeroportos de capitais dos estados, vão merecer um esforço especial das operadoras. "Mas, sem dúvida, a empresa que pegar tudo vai querer desenvolver para que todos sejam rentáveis. Ela vai querer incentivar e fazer valer o dinheiro que ela está gastando ali".
Para o especialista em Direito Aeronáutico André Soutelino, a disputa pelo bloco Nordeste vai ser acirrada. "Mas é claro que, pelo fato do pagamento da outorga ser integral, eu acredito que nós não vamos ter um ágio tão alto. Vai ter competição. A maioria tem um limite, um teto, e quem tiver o maior limite vai levar nessa disputa acirrada", explica o advogado.
Fonte: DN

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