quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

Açude Orós atinge o pior nível hídrico desde a sua inauguração

O Açude Orós pode atingir o volume morto neste ano. A estimativa é do Comitê da Bacia do Alto Jaguaribe. O prognóstico advém do baixo volume do reservatório, o qual atingiu seu pior volume (5,3%) desde sua inauguração, em 1961. Há, ainda, uma expectativa de continuidade da redução aquífera nos próximos dias. Fevereiro é o primeiro mês da quadra chuvosa e, até agora, não houve recarga nos principais reservatórios do Estado.

O baixo volume resulta em uma situação crítica: fim dos criatórios intensivos de tilápia, queda na atividade de pesca, desemprego, impossibilidade de irrigação e dificuldades de abastecimento de água de três cidades e dezenas de localidades rurais.


O Açude Orós, na região Centro-Sul do Estado, integra a Bacia do Alto Jaguaribe. É um reservatório estratégico para atividades produtivas e abastecimento de água para milhares de famílias. De acordo com o Portal Hidrológico da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), o Orós acumula apenas 5,3% de sua capacidade que é de 2 bilhões de metros cúbicos. O atual ciclo de escassez de chuva, que começou em 2012, contribui para a perda da reserva hídrica. A última vez que o reservatório transbordou foi em 2011.

O baixo volume do Orós criou um clima de preocupação e de tristeza entre os moradores, produtores rurais, piscicultores e aqueles que trabalham com turismo.

A crise afetou duramente os negócios na cidade, com queda nas vendas nos postos de gasolina, lanchonetes e bares, farmácias e até mercadinhos. "Sem renda, as pessoas compram menos, procuram priorizar o essencial", reforça o empresário Luís Souza. "A cidade está parada".
Fonte: DN


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