A força-tarefa do Ministério Público Federal (MPF) no Paraná indicou que políticos da cúpula do MDB que não foram reeleitos e que perderam o foro privilegiado devem entrar no alvo da Operação Lava Jato. O procurador Roberzon Pozzobon disse, na última quinta-feira (31), que, sem o foro, pode-se abrir um novo caminho de investigação.
Nesta semana, foi realizada a 59ª fase da Lava Jato, que teve como alvo um esquema de propina envolvendo contratos da Transpetro, uma subsidiária da Petrobras.
Na época dos crimes, ocorridos entre 2008 e 2017, a Transpetro era comandada por Sérgio Machado, que estava no cargo sob indicação do MDB.
Machado,
que é delator, indicou que políticos da cúpula do partido teriam
recebido cerca de R$ 100 milhões em propinas. “Segundo ele [Machado],
são pessoas de alto cargo do MDB”, comentou Pozzobon.
Os valores
ilícitos eram provenientes de contratos fraudulentos com o Grupo Estre,
que atua na área ambiental e na construção naval, segundo as
investigações.
De acordo com Pozzobon, é difícil identificar,
neste momento, os políticos que receberam os R$ 100 milhões. “Até por
uma limitação que temos, por enquanto, no tocante à parte dos agentes
que possuem prerrogativa de foro e que, portanto, não podem ser
investigados na primeira instância”, disse.
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