A Vara de Delitos de Organização Criminosa determinou, nesta quarta-feira (17), a soltura de 10 suspeitos presos na última terça-feira por envolvimento em um esquema criminoso responsável por rombo milionário aos cofres públicos do Estado e da União. A estimativa dos órgãos públicos é que o prejuízo já tenha ultrapassado R$ 600 milhões em sonegação fiscal.
A decisão pela revogação da prisão temporária foi a favor de Marina Lariza Pereira Lacerda, Vagner Almeida dos Santos, Cícero Danilo Silva Marcelino, Fábio Vieira Ledo, Adriano dos Santos Rodrigues, Alex de Oliveira Mendonça, Geraldo Silva Neto, Rodrigo Diogo de Sampaio Leitão, Márcio Aparecido Bandeira e Sérgio José Bandeira.
De acordo com informações obtidas pela reportagem, o Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) emitiu parecer pela soltura do grupo "porque a prisão já atingiu sua finalidade em razão de que as pessoas retro citadas já foram ouvidas, bem como cumpridos os mandados de busca e apreensão. Não havendo mais nenhuma diligência a ser feita".
O magistrado da Vara de Delitos de Organização Criminosa acompanhou a solicitação do MPCE e determinou a soltura dos suspeitos. A reportagem apurou que devem permanecer presos Gildevândio Mendonça Dias, apontado como o responsável por criar as empresas de fachada para servir ao esquema criminoso, além de Vitor Bandeira e Pedro Machado de Oliveira.
A defesa de Geraldo Silva, representada pelos advogados Bruno Queiroz Oliveira e Ivan Barros Leal, destacou que houve requerimento dos advogados e o próprio MPCE entendeu que as prisões não se faziam mais necessárias.
"Em relação ao Geraldo a defesa afirma que ele não tem nenhuma participação nas empresas de fachada que emitiam notas para gerar crédito. Ele teve atitude colaborativa de prestar informações, de modo que a prisão é absolutamente desnecessária. Vamos ter acesso aos outros elementos de prova para depois se manifestar de maneira mais conclusiva", disse Bruno Queiroz.
Operação
Os 10 suspeitos foram capturados nessa terça-feira (16) e são alvos da Operação Aluminium, deflagrada pelo MPCE e que no Estado teve diligências nos Municípios de Juazeiro do Norte, Jaguaribe, Eusébio e Fortaleza. A suspeita é que o grupo participava de um esquema envolvendo 18 empresas de fachada responsável por fraudar o fisco. A investigação acerca da quadrilha teve início em 2016.
Fonte: Portal DN
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