segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

A Cid e Ciro o que é de Cid e Ciro

Mais que resolver um impasse dentro da base aliada, virada de mesa que jogou no colo de José Sarto (PDT) a presidência da Assembleia evidencia também o poder dos irmãos Ferreira Gomes dentro do governo do Ceará.
Confirmada a indicação de Sarto, um dos mais fiéis "ferreiragomistas" do Estado há décadas, os irmãos conseguirão a proeza de ampliar ainda mais a já marcante influência de seus capitais políticos no governo cearense. 
Até a semana retrasada, o cenário posto apontava disputa entre Tin Gomes (PDT), preferido pela maioria dos deputados, e Evandro Leitão (PDT), favorito do governador. Em conversa com a coluna, alguns parlamentares e assessores levantaram a possibilidade de uma intervenção maior de Cid e Ciro no processo, mas diziam não acreditar em um resultado fora de Tin e Evandro. Os próprios dois deputados, na época, pareciam não acreditar. Pois é.
A própria disputa pela Assembleia surgiu do esgotamento da candidatura de um cirista, Zezinho Albuquerque (PDT), para o comando da Casa. Um dos políticos mais próximos de Cid e Ciro no Ceará - oriundo inclusive da mesma Região Norte dos irmãos -, Zezinho já despertava insatisfações ao tentar emplacar quatro mandatos consecutivos no Legislativo. Acabou acomodado no governo, mas foi substituído por outro aliado próximo do clã. 
Atualmente, pelo menos quatro secretários do governo Camilo são marcadamente da cota Ferreira Gomes: Mauro Filho (Planejamento), Zezinho Albuquerque (Cidades), Arialdo Pinho (Turismo) e Lúcio Ferreira Gomes (Infraestrutura), irmão de Cid e Ciro. A influência, portanto, vai muito além do Legislativo. 
Carlos Mazza



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